O Subúrbio Ferroviário de Salvador localiza-se na “Orla Marisca”, uma extensa área de aproximadamente 4.145 ha, de formato longitudinal, que ocupa o lado oeste de Salvador, bordeando a Baía de Todos os Santos. No lado leste é limitado pelo Parque São Bartolomeu e ao norte pela Baía de Aratu. Tem uma extensa orla e uma bela vista da Baía de Todos os Santos proporcionada pela sua topografia muito acidentada. Esta área ainda se desta capela história social que está intimamente ligada à história da Bahia, tanto no que se refere ao período da colonização, como na fase do capitalismo industrial. Estudos, como o de Sampaio (1975), mostram que na área, a partir de 1844, surgiram as primeiras fábricas de tecido de algodão do País, e com elas as vilas operárias. No final do século XIX, esta área teve seu desenvolvimento ligado à ferrovia, implantada em 1850 e, posteriormente, à indústia textil. Com a decadência de ambas ao
longo do século XX, à classe trabalhadora restou buscar seus empregos no Centro Industrial de Aratu (CIA), instalado nas suas proximidades, na década de 1960, cujo acesso foi facilitado pela construção da Avenida Afrânio Peixoto, conhecida por Avenida Suburbana, na década de 1970, que tem seu traçado paralelo à ferrovia e à Baía de Todos os Santos. É uma área de grande patrimônio histórico e natural, onde se destacam o Parque São Bartolomeu, situado na área onde ocorreram importantes acontecimentos para a história da Bahia e do Brasil.
No século XVII, foi cenário das lutas de resistência à invasão holandesa, enquanto, no século XIX, aí se travaram as lutas que levaram à consolidação da Independência do Brasil. O outro é a ilha de Aratu, onde ainda se encontra a maior quantidade de área verde. Além disso, nesta área existiram e resistiram aldeias indígenas, senzalas, engenhos e quilombos. O parque São Bartolomeu é também um santuário dos cultos afro-baianos.
No século XVII, foi cenário das lutas de resistência à invasão holandesa, enquanto, no século XIX, aí se travaram as lutas que levaram à consolidação da Independência do Brasil. O outro é a ilha de Aratu, onde ainda se encontra a maior quantidade de área verde. Além disso, nesta área existiram e resistiram aldeias indígenas, senzalas, engenhos e quilombos. O parque São Bartolomeu é também um santuário dos cultos afro-baianos.
Com referência à importância histórica do Suburbio Ferroviário, basta citar que batalhas importantissima para a afirmação da nacionalidade e da identidade aconteceram na área, a exemplo das invasões holandesas, que teve seus principais episódios ocorridos em Escada, Plataforma, Pirajá e redondezas; a batalha pela independência, dentre outras.
Para se chegar ao Suburbio Ferroviário, mais ou menos até a década de 1960, existima somente o transporte marítimo (lanchas e saveiros) e o ferroviário.
Atualmete aponte Plataforma/Lobato encontra-se em reforma
O trem foi o mais importante meio de transporte oficial dessa área, muito antes da construção da Avenida Suburbana, construida na década de 1970. O transporte ferroviário contribuiu para o início de habitações dos funcionários da antiga LESTE que moravam naquelas imediações. O trem ia até as cidades do Recôncavo fazendo um importante intercâmbio cultural, social e comecial; após sua crescente decadência devido a diversos fatores, vai da Calçada a Paripe com uns poucos trens mal conservados.
Fontes das postagens:
SANTOS, José Eduardo Ferreira.Novos Alagados. histórias do povo e do lugar. Baurú, SP: Edusc, 2005.
Fontes das postagens:
SANTOS, José Eduardo Ferreira.Novos Alagados. histórias do povo e do lugar. Baurú, SP: Edusc, 2005.
tese de monografia de Antonia dos SAntos Garcia. Desigualdades sociais e segregações urbanas em antigas capitais. disponível em http://www.ippur.ufrj.br/download/pub/AntoniaDosSantosGarcia.pdf
imagens do google.com.br; Entrevistas e algumas fotos tiradas por mim no dia 0503/2012
Arlete quanta história que o seu bairro tem.
ResponderExcluirGostei muito do relato das entrevistas.
Arlete;
ResponderExcluirParabéns pela construção do blog!
Sucesso...