quarta-feira, 21 de março de 2012

Pontos turísticos de plataforma

Igreja São Brás de Plataforma: localizada na Praça de Plataforma


No século XVII, por volta de 1638, os jesuítas ergueram-na de “taipa” e com telhado de palhas de palmeira silvada numa colina acima do mar, próxima a uma aldeia indígena. Um ano depois, no dia 16 de abril serviu de abrigo para os invasores holandeses. Em 1822, os portugueses montaram acampamento em frente à igreja. Por volta de 1919, ela foi reformada e ampliada, seus altares foram retirados e a imagem de São Brás levada para restauração em Portugal de onde nunca mais voltou. A imagem presente hoje na igreja foi trazida pelos donos da Fábrica São Brás, a família Almeida Brandão, antes das terras passarem para as mãos da família do Comendador Bernardo Catharino, no ano de 1932.
 A igreja fica na Praça São Braz,  ponto de encontro dos moradores da região. Ela serve como opção de lazer nos fins de semana, quando são montadas barracas, nas quais, são vendidos alimentos e bebidas.



Estação Ferroviária Almeida Brandão

a estrutura em ferro fundido, a ponte que liga Plataforma a Lobato, foi projetada em Londres e chegou ao Brasil em 1944, ano em que começaram as obras da ponte. Em 1948, a ferrovia passou pelo processo de eletrificação e em 7/11/1952 a ponte, de 461m, foi inaugurada. No ano seguinte, foi concluída a duplicação do trecho inicial e em 1954, o subúrbio ganhou trens elétricos exclusivos.

Devido à interdição da ponte São João, a prefeitura disponibilizará até o próximo dia 15 de junho, 15 ônibus para fazer, gratuitamente, o deslocamento dos passageiros entre as estações Almeida Brandão e Lobato. 






 

Travessia Plataforma Ribeira

Inaugurada na década de 80, a plataforma marítima passou mais de 20 anos entregue ao abandono e a ação do tempo, foi reinaugurada no inicio de 2007.




Centro Cultural de Plataforma


Reaberto em 2007 ,depois de 15 ,o Centro Cultural de Plataforma, conhecido pelos antigos freguetadores do cine-teatro ,que está localizado na principal praça do bairro de Plataforma ,onde a comunidade se reúne nas horas de lazer.O espaço dispõe de uma sala de espetáculos com capacidade de 206 pessoas ,dotada de sistemas de iluminação sonorização e proteção de vídro ,além de três salas de ensaios, inclusive uma equipada para atividade de dança.



 
Antigas fábricas

O bairro de Plataforma foi intensamente povoado por trabalhadores da fábrica São Brás que concentraram suas casas nesta região. Algumas casas foram reconstruídas e outras encontram –se, hoje, em ruínas.
São quase 10 mil metros quadrados de área coberta, revestidos por edificações em estilo inglês. Há boatos que desde o piso até o telhado da velha fábrica vieram da Europa em navios que trouxeram também engenheiros e arquitetos ingleses encarregados da montagem. A verdade é que nem a família Catharino, nem alguns historiados e arquitetos sabem ao certo a data de construção e como foi o processo



 
 Escola Ursula Catharino





Esta escola foi fundada em 1926 por Dona Maria Úrsula Catharino, esposa de Bernardo Martins Catharino. Situada à Rua dos Industriais, em Plataforma, foi a primeira escola de todo o Subúrbio Ferroviário,







Mirante

Na rua Antônio Balbino, em frente a Unidade de Emergência de Plataforma, existe um mirante, construído pela Caixa Econômica Federal, do qual se pode observar uma das vistas mais lindas de Plataforma.





  

Restaurante Boca de Galinha
O Restaurante Boca de Galinha foi indicado, em 2005, pelo júri da revista Veja Salvador, como um dos destaques gastronômicos da cidade. O restaurante tem um clima bastante familiar. Isso se deve principalmente pelo fato de que os empregados são todos membros da família dos donos, Dona Edimar e seu marido, conhecido como Boca de Galinha.  Matérias sobre o restaurante já foram publicadas no livro “Bares e Botecos”, na revista da Tam, “Ícaro”, e no programa “Rede Bahia Revista” da Rede Bahia.



Point do acarajé

Para quem aprecia saborear o delicioso bolinho baiano, o point do acarajé é uma boa dica. Você pode até experimentar um com recheio de bacalhau. Localiza-se em frente ao Sãlão do Reino das Testemunhas de Jeová, na ladeira do fim de linha.



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Entrevistas

Este blog foi feito com o objetivo de resgatar a história do meu bairro e assim conhecer um pouco mais de mim, da minha própria identidade e de minhas raízes. Aqui você encontrará um pouco do contexto histórico do bairro de Plataforma e da Suburbana desde suas origens até os dias atuais. 
O livro Novos Alagados, do professor José Eduardo foi a minha principal fonte de pesquisa. Obrigada professor, pelo belíssimo trabalho.
Se você conhece Plataforma. com certeza sentirá até o cheiro da maré e o ventinho gostoso da Enseada do Cabrito.
Vem comigo.

ENTREVISTAS


As Enrevistas

As entrevistas foram colhidas no dia 13 de janeiro com dois moradores antigos e dois intermediários; Três homems e uma mulher. Os mesmos acharam melhor não revelar os nomes, então os chamarei de Senhor X e Senhora Y.

O Senhor X, atualmente com 75 anos disse que veio de Maragogipe em 1968 em busca de emprego. Conheceu o bairro de Plataforma através de conterrâneos que aqui já habitavam. Ele conta que ficou encantado com a proximidade de Plataforma com sua cidade Natal. Ele se sentia em casa, podia comer um peixinho fresco, e adorava a atravessia de barco, mesmo tendo consiciência de que era um meio de transporte perigoso. Não era como hoje. Era preciso passar pela água até chegar a canoa, às vezes, ficava todo molhado. Quando os filhos começaram a estudar o Ensino Médio, era preciso mandar para a Ribeira porque no bairro não tinha essa modalidade de ensino. Em tempo de chuva ele não contava as vezes que os filhos perdiam o material escolar porque molhava tudo com a água do mar e com a própria chuva. Hoje ele tá aposentado e fica triste ao ver como tudo tá tão mudado. Plataforma não tem mais aquela tranquilidade do interior.

entrevistadora: o senhor fala sobre a tranquilidade da rua, mudou muito?

Senhor X : sim, chegou muta gente de fora, veio gente de todo tipo, aqui tem usuarios de droga, bandidos. Ficou sempre com o portão trancado, depois que o governo fez as casinhas de pombo lá em cima, ficou tudo mais díficil. (as casas de pombo se refere as casas populares que o governo destribuiu )

Entrevistadora:  e seus netos, brincam na rua?

Senhor X: brincam por que a mãe é teimosa, eu não gosto.


Senhora y, tem 71 anos e veio da Ilha de Itaparica com 15 anos, devido a morte da mãe. Foi morar com uma irmã, casou e veio para Plataforma com 22 anos. Ele conta como era as viajens a Pirajá todos os sábados para comprar carne e diz ter muita saudade da bica. "era uma coisa divina, agente tinha aquilo como uma coisa santa, sagrada mesmo. Parecia que Deus tava nos estendendo as mãos, nos dando aquela água tão pura. Quando agente voltava tudo cansada de Prajá, ía cuidar da carne alí mesmo e os meninos ficavam tomando banho. Até hoje, ninguém sabe de onde vem. Com o passar do tempo o povo deixou de cuidar da bica. Foi só chegar água encanada que ficou tudo àtoa. Os pescador começaram a subir pra tratar peixe. Não limpava, aí começou a feder, a aparecer rato, até mesmo úrubu. Os marido não queriam mais que as mulheres fossem pra bicar, por que tava sempre cheio de homem, os pescador. Dá saudade daqueles, tempos, das mulheres tudo lavando roupa, conversando.." Ela nos contou também que naquele tempo o parto era feito por parteira e como não havia hospital nem posto de saúde, os mais velhos era quem cuidava dos doentes com chás, folhas e rezas. Quando sua filha de 5 meses faleceu, ela teve que atravessar de canõa com o bebê morto embrulhado no colo. O enterro de hoje é igual antigamente, as pessoas saem a pé acompanhando o cortejo fúnebre até o cemitério que fica no Alto do Luso. Quando tem enterro o trânsito fica todo lento

Entrevistadora; A senhora disse que trouxe sua filha morta no colo, como foi isso?

Senhora Y; ela morreu no hospital, e não tinha como trazer o corpo, como meu marido tava trabalhando, eu me responsabilizei em trazer, eu queria enterrar ela aqui no bairro mesmo. Eu não podia dizer na lancha que ela tava morta.


O professor Luciano  conta que seu avô veio do Rio Vemelho. "Ele vinha veranear aqui e conheceu minha vó, com quem se casou e ficou morando num sítio aqui mesmo. Isso aqui era lindo, vivia cheio de turista, principalmente no verão. Tinha gente que vinha para se tratar de doenças, para paquerar as meninas, para se sentir mais perto da natureza. Quando eu era menino, morava na rua Chile, era uma rua linda, tranquila, agente brincava de fura-pé, de badogue, de rulimã. Eu adorava os sábados, era dia de ir para Pirajá. Era um monte de menino correndo, pegando manga no pé, chupando umbú... Agente cansava, mas todo sábado acordava de madrugada por que as mulheres queriam chegar cedo para comprar a carne bem fresquinha."
Luciano falou sobre a importância histórica que Plataforma tem e que as pessoas desconhecem. "É quase que impossível você encontrar um adolescente que diz ter orgulho de morar em Plataforma, é muito preconceito..." Ele lembra de um fato importante em Plataforma que era o Carnaval, "antigamente o carnaval de Plataforma tinha trio, artista famoso... foi por isso que começou o Pierrot daqui, o carnaval daqui tinha força.

Geográfo Claudio Xavier.

"Eu nasci em 1979, cresci na Rua Chile e tô aqui até hoje. Já vi muitos amigos melhorar de vida e ir embora, eu não, eu gosto daqui. Aqui está toda a minha identidade, meus amigos, minha familia. Sei que hoje Plataforma tá abandonada, mais ainda existem muitos lugares bonitos. O Mirante de Plataforma mesmo é lindo; a Enseada do Cabrito, aquilo é bonito demais".
Cláudio disse que não brincava no carnaval por que o pai era muito rígido, mas que ficava olhando os Pierrot passar, por que quase todos os integrantes era da rua Chile. Até hoje é assim, nem é carnaval mas você sempre vê um menino correndo com uma máscara de Pierrot.
"Tempos bons, sinto saudade"

Vale lembrar aqui, que nenhum dos entrevistados se propuseram a falar sobre o candomblé. Claudio e Luciano disseram que existe ums terreiros no São João, mas que eles não sabem falar sobre a história e nem conhecem ninguém do camdomblé.

O Senhor X disse que saia o dia todo para trabalhar, que conhecia apenas os vizinhos mais próximos. Sabe que tem um terreiro pequeno no São João, mas que nunca ouviu falar nada sobre seus integrantes. Já a Senhora Y disse que conheceu algumas pessoas mas que não queria falar sobre o assunto.



Em Plataforma também tem Rua Chile

final da rua Chile


vista do mar . foto tirada da cobertura de uma casa

Atualmete a rua Chile, também conhecida com rua dos araças encontra-se abandonada pelo poder publico
Aqui é fim da rua dos araças, uma das alternativas que liga o Luso ao fim de linha de Plataforma. Há algusns anos a trás a rua era mais organizada, não tinha tantos buracos e as crianças podiam brincar livre, sem medo da violência, de atropelos.... lembro das brincadeiras de Amarelinha, de baleado, de cantigas de roda, era uma delícia.


 
 
 Nela existe uma fonte, chamda pelos moradores de "bica". Infelizmente,   a fonte que outrora jorrava abundamente, vem diminuindo consideravelmente a sua fluidez. Segundos moradores antigos, era essa fonte que abastecia as casas da rua quando ainda não havia água encanada no bairro,  e que hoje, ela continua abastacendo devido as constantes falta de água. Eu não alcancei a fonte antiga. Quando cheguei na rua, a água descia com mais força do que agora, mas, ela estava abandonada, suja, dava tristeza ver tanta água potável sendo perdida. Quando voltei agora, encontrei essa pequena reforma, ficou bem melhor do que como estava. As pessoas tomaram consciencia do seu valor.

 
Uma senhora residente da rua há mais de quarenta anos lembra com saudades da época em que as mulheres se reuniam na fonte para lavar roupa. Ela nos conta que saia aos sábados junto com os filhos maiores e outras mulheres  para comprar carne em Pirajá. Naquela época, não tinha transporte terrestre, então "o percurso era feito todo a pé". Quando retornavam, as crianças iam tomar banho na fonte e elas iam cuidar da carne: " era uma águinha muito limpa, uma beleza aí os pescador começaram a vim tratar o peixe  aqui. com o tempo tudo passou a feder a peixe, a trazer ratos até urubus. Quando as casas começaram a ter água da embasa, as mulheres param de frequentar a fonte, os maridos também nao gostava porque ficava muito cheio de homem, dos pescador. Hoje não, a bica quase que não tem mais água, limparam tudo..." 

Sao_Bras4.jpg
 Procissão dedicada ao santo São Brás, saindo da praça em diereção ao fim de linha



 
Pierrot de Plataforma mantém tradição


A rua Chile é mãe dos Pierrot, ou seja, foi de lá qeu o grupo surgiu e onde concentra o maior número de participantes. Criado em 1960, o bloco Pierrot de Plataforma sai, todos os carnavais, pelas ruas do bairro, passando de casa em casa e fazendo a alegria das crianças, além de marcar presença também na avenida, no Circuito Osmar. É um bloco de amigos, que reúne em média 60 associados, fantasiados de Pierrot. Todos. Até mesmo as mulheres.



Plataforma: Pertencer ao meu lugar, ao meu tempo, no meu lugar...

Situado no Subúrbio Ferroviário, banhado pelas águas da Enseada do Cabrito e da Baía de Todos os Santos, o bairro de Plataforma possui uma visão privilegiada da cidade, da Cidade Alta, Ilha de Itaparica, Ilha de Maré e Ribeira. Nasceu no dia 16 de abril de 1638, quando o príncipe holandês Maurício de Nassau aportou na Baía de Itapagipe e subiu pelas entradas da Igreja de São Brás.. Foi bombardeado pelos portugueses em 1823

O nome Plataforma surgiu por causa de uma fortificação  do século XVI que existia onde, hoje, localiza-se a antiga fábrica São Braz.
Plataforma fazia parte da sesmaria doada ao fidalgo João de Velosa, mais tarde, passou a ser  uma fazenda pertencente ao marinheiro português Antonio de Oliveira Carvalhal.
 Em 1851, o fazendeiro Almeida Brandão construiu uma usina que, mais tarde, foi transformada na Fábrica São Braz.

Primeiros habitantes


Os índios

Os povos fundadores do território  suburbano foram os índios Tupinambá, do tronco Tupi. Eles encontraram no Subúrbio Ferroviário aquilo que a presença indígena podia identificar como  a "terra prometida", sem males, ideal para a realização de uma vida em meio a fartura devido a grande quantidade de comida, água doce, frutos do mar, caças etc.

 Impressiona perceber  que as marcas  da presença índigena pemanece em nomes como Pirajá, Itararanha, Paripe, Inema, Periperi, Itapagipe, Marangoaba, São Tomé de Paripe, dentre outros.


Outro traço que ainda permancem no subúrbio são a mariscagem, a pesca nos manguezais, assim como o respeito ao ciclo das luas e das marés para pescas e outras particularidades como cortar cabelo, o uso de vermifugos, plantações e outro.
Quando à noite, a lua cheia, as mulhres se preparam  para durante o dia irem mariscar. Elas passam uma manhã inteira na maré, cavando os buracos para pegar os mais diversos mariscos. Os jovens também pescam tanto para sua alimentação como para vender.

Os negros

As matas Suburbanas de Salvador eram interligadas por diversas áreas como Cabula, Pirajá, Cajazeiras e Mares.
A elas acorriam os negros fugidos dos muitos engenhos existentes na região, constituindo quilombos. No Quilombo do Urubu, por exemplo, existia um candomblé no ano da batalha que ocasionou a sua destruição. Este fato atesta a peculiaridade de que na área de São Bartolomeu os negros encontraram um local propício a reconstrução de sua identidade.
Assim como os índios nomearam os rios e as praias do Suburbio Ferroviário, os africanos, os negros que ali habitaram, se refugiaram e amaram  matas as Matas de São Bartolomeu, deram, como forma de resistência deram nomes a Cachoreira de Oxumaré, as Cachoeiras de Oxum e Nanã, a bacia de Oxum, a Pedra de Omolum,etc.
A resistência Africana, faz-se presente em meio ao drama da escravidão: e hoje há outras formas de expressão e resistência, com as favelas e os diversos movimentos  sociais existentes no Suburbio Ferroviário, indicando o protagonismo de seus habitantes.


Os jesuitas,

Na área do subúbuio aconteceram diversos aldeamentos jusuítas, que foram as primeiras tentativas de catequese , e também para a fabricação do açucar em pequenos engenhos como o de São João, mais para o interior, "dos lados de Plataforma".
Devido às boas condições de clima de clima do lugar e a qualidade do ar, um grande jeusuita, o Padre José  de Anchieta,  foi mandado repousar na igreja  de Escada, no bairro homônimo para tratar da saúde.


Os portugueses

Em 1541 as sesmarias de Pirajá e Plataforma foram doadas  uma ao fidalgo João de Velosa  e a outra castelhano Afonso de Torres, onde inciaram o plantio de cana de açucar e a crianção de engenhos de açúcar que se estendiam até o Recôncavo.

Os Holandeses


Em 1638, na segunda invasão, os holandeses, chefiados pelo príncipe Maurício de Nassau, invadiram a cidade de Salvador, aportando na bahia de Itapagipe e subindo pelas entradas das Igrejas São Brás de Plataforma e Nossa Senhora de Escada.

Breve histórico da Avenida Suburbana

O Subúrbio Ferroviário de Salvador localiza-se na “Orla Marisca”, uma extensa área de aproximadamente 4.145 ha, de formato longitudinal, que ocupa o lado oeste de Salvador, bordeando a Baía de Todos os Santos. No lado leste é limitado pelo Parque São Bartolomeu e ao norte pela Baía de Aratu. Tem uma extensa orla e uma bela vista da Baía de Todos os Santos proporcionada pela sua topografia muito acidentada. Esta área ainda se desta capela história social que está intimamente ligada à história da Bahia, tanto no que se refere ao período da colonização, como na fase do capitalismo industrial. Estudos, como o de Sampaio (1975), mostram que na área, a partir de 1844, surgiram as primeiras fábricas de tecido de algodão do País, e com elas as vilas operárias. No final do século XIX, esta área teve seu desenvolvimento ligado à ferrovia, implantada em 1850 e, posteriormente, à indústia textil. Com a decadência de ambas ao
longo do século XX, à classe trabalhadora restou buscar seus empregos no Centro Industrial de Aratu (CIA), instalado nas suas proximidades, na década de 1960, cujo acesso foi facilitado pela construção da Avenida Afrânio Peixoto, conhecida por Avenida Suburbana, na década de 1970, que tem seu traçado paralelo à ferrovia e à Baía de Todos os Santos. É uma área de grande patrimônio histórico e natural, onde se destacam o Parque São Bartolomeu, situado na área onde ocorreram importantes acontecimentos para a história da Bahia e do Brasil.

No século XVII, foi cenário das lutas de resistência à invasão holandesa, enquanto, no século XIX, aí se travaram as lutas que levaram à consolidação da Independência do Brasil. O outro é a ilha de Aratu, onde ainda se encontra a maior quantidade de área verde. Além disso, nesta área existiram e resistiram aldeias indígenas, senzalas, engenhos e quilombos. O parque São Bartolomeu é também um santuário dos cultos afro-baianos.
Com referência à importância histórica do Suburbio Ferroviário, basta citar que batalhas importantissima para a afirmação da nacionalidade e da identidade  aconteceram na área, a exemplo das invasões holandesas, que teve seus principais episódios ocorridos em Escada, Plataforma, Pirajá e redondezas; a batalha pela independência, dentre outras.

Para se chegar ao Suburbio Ferroviário, mais ou menos até a década de 1960, existima somente o transporte marítimo (lanchas e saveiros) e o ferroviário.

Atualmete aponte Plataforma/Lobato encontra-se em reforma


O trem foi o mais importante meio de transporte oficial dessa área, muito antes da construção da Avenida Suburbana, construida na década de 1970. O transporte ferroviário contribuiu para o início de habitações dos funcionários da antiga LESTE que moravam naquelas imediações. O trem ia até as cidades do Recôncavo fazendo um importante intercâmbio cultural, social e comecial; após sua crescente decadência devido a diversos fatores, vai da Calçada a Paripe com uns poucos trens mal conservados.


Fontes das postagens:

SANTOS, José Eduardo Ferreira.Novos Alagados. histórias do povo e do lugar. Baurú, SP: Edusc, 2005.
tese de monografia de Antonia dos SAntos Garcia. Desigualdades sociais e segregações urbanas em antigas capitais. disponível em http://www.ippur.ufrj.br/download/pub/AntoniaDosSantosGarcia.pdf

imagens do google.com.br; Entrevistas e algumas fotos tiradas por mim no dia 0503/2012